Teoria Geral dos Sistemas
- Lógica integrativa
- Ótica agregadora
Sistema – qualquer entidade, conceitual ou física,
composta de partes inter-relacionadas, interatuantes ou interdependentes,
dotada de um objetivo.
Agrupamento e hierarquização dos sistemas, segundo a
complexidade.
Oito níveis:
1º) Sistemas estáticos – estruturas
2º) Sistemas dinâmicos simples;
3º) Sistemas cibernéticos simples
4º) Sistema “aberto” ou auto-regulável
5º) Vida vegetal
6º) Reino animal
7º) Ser humano – auto-reflexão
8º) organização social – um conjunto de papeis
enfeixados em sistemas.
Sistemas abertos (a partir do 4º nível):
inter-relacionamento com o meio exterior.
Componentes e características de um sistema:
1 – Insumos (entradas, inputs): recursos
materiais, humanos, financeiros, tecnológicos; energia importada para o
funcionamento do sistema.
2 – Processamento (throughput): estruturação
ou “arrumação” que lhe permita transformar os insumos recebidos em algo
desejável.
3 – Saídas (produto, outputs): serão
colocados no meio ambiente.
4 – Entropia: tendência no sentido da desagregação.
No sistema social a entropia pode ser interrompida, transformando-se em
entropia negativa, ou homeostase.
5 – Homeostase – oposto de entropia, reequilíbrio do
sistema, dispositivos corretivos.
6 – Retroalimentação (realimentação, feedback):
capacidade de o sistema reajustar sua conduta em função de desempenho já
ocorrido.
7 – Decomposição do sistema em subsistema
Ambiente:
Geral:
conjunto de condições que podem eventualmente ter um impacto sobre a
organização;
Específico:
conjunto de condições que tem um impacto direto e imediato sobre a organização.
Sistema Aberto:
conjunto de partes em constante interação; interdependência das partes; todo
sinérgico; dupla capacidade de influenciar o meio externo e ser por ele
influenciado; relação com o ambiente externo.
Muitos dos conceitos orientadores do comportamento
organizacional apoiavam-se fortemente em uma concepção de sistema fechado;
concentravam-se nas operações internas das organizações.
As organizações eram consideradas como se
independentes fossem de seus ambientes.
A organização pode ser vista como um sistema
sociotécnico estruturado.
Subsistema técnico: tarefas, equipamento,
ferramentas, técnicas;
Subsistema social: relações entre as pessoas que
executarão a tarefa.
Os subsistemas técnico e social se inter-relacionam,
influenciam-se mutuamente e interdependem.
Terceiro subsistema: estrutura organizacional –
formalização das relações entre os subsistemas técnico e social.
A teoria geral dos sistemas criou a possibilidade de
visualizarmos a organização como um sistema sociotécnico estruturado,
valorizando não apenas os subsistemas, mas as inter-relações entre os mesmos.
Abordagem Contingencial
- um derivado da Teoria de Sistemas
- incorporou os pressupostos da teoria de sistemas
Princípios básicos:
- não há uma
melhor maneira de organizar
- uma determinada forma de organizar não será igual
em outras situações
Melhor adequação
Adaptação
Sobrevivência
Êxito
Preocupação centrada mais na situação ou
contingência e menos em regras pré-elaboradas.
Não há um único conjunto de princípios de boa
organização.
Interpretar a situação de mercado e tecnológica.
Planejar o sistema gerencial apropriado às condições
e então fazê-lo funcionar.
O mérito da abordagem contingencial é fazer com que
a gerência normalmente concentrada nos problemas internos da organização e nas
tarefas volte seus olhos para o ambiente.
Deixe de olhar para o próprio umbigo e olhe ao seu
redor.
Abordagem de sistema aberto
- uma boa leitura do ambiente
- capaz de compreender o contexto, os ambientes
culturais, políticos e legais em que está operando
Enfoque situacional: efeitos do ambiente à
estrutura.
Diferenciação: funções organizacionais diferentes
geralmente lidam com segmentos distintos do ambiente. Exemplo: marketing, mais
focado nas pressões exercidas pelos clientes; produção, tende a ser mais
sensível à visão dos fornecedores.
Integração: reflete as formas como as atividades
funcionais são coordenadas e controladas.
Coordenação vertical: hierarquia para controlar o
comportamento funcional.
Coordenação horizontal: processos laterais criados
para encorajar as funções a se ajustarem mutuamente.
Ambiente: três subambientes
Subambiente mercado – função de marketing
Subambiente técnico-econômico – função de produção
Subambiente científico – pesquisa e desenvolvimento
Quanto mais dinâmico e incerto for o ambiente, maior
é a necessidade de subunidades especializadas, cada uma lidando com a dinâmica
de seu próprio subambiente.
O sucesso está associado a mecanismos que se
preocupam em garantir que todas as subunidades contribuam para o alcance do
objetivo comum.
Dimensões de diferenciação e integração permitem que
os assuntos organizacionais sejam considerados de forma mais sofisticada.
Crítica: tratar as organizações como recipientes
passivos da influência ambiental, postulando uma cadeia de causalidade de via
única.
Ao invés de responder servilmente às mudanças
ambientais com reorganizações estruturais que provocam rupturas, a maioria das
organizações tenta exercer alguma influência sobre seus ambientes.
Enfoque situacional: o funcionamento interno das
organizações tem que estar de acordo com as demandas da sua tarefa, de sua
tecnologia, de seu ambiente externo e de acordo com a necessidade de seus
membros para que a empresa seja eficaz.
Em vez de buscar um modo único de organizar-se
independente de todas as circunstâncias, é preciso examinar o funcionamento das
organizações em relação às necessidades de seus integrantes e das pressões
externas a que devem enfrentar.